Os itinerários secretos do Palácio Ducal atravessam salas onde se desenrolavam atividades delicadas e importantes ligadas à administração do estado. O passeio oferece a oportunidade de refletir de maneira sugestiva e interessante, sobre a história civil e política da cidade, sua organização e administração pública da justiça.
A visita deve ser reservada e poderá ser realizada (em determinadas horas e condições), acompanhada por um guia especializado que irá explicar as características do percurso e de cada sala.

O roteiro começa nas salas do notário Ducal e do responsável pela cela de isolamento.
Estas salas se ligam entre elas e levam diretamente à sala do Átrio Quadrato de onde uma escada conduz à belíssima sala da Cancelleria Segreta, cujas paredes são totalmente revestidas de armários que conservam documentos públicos e escrituras secretas da maioria dos magistrados de Veneza.
Atravessando a sala do Regente alla Cacelleria (responsável pela secretaria), encontramos a câmara de tortura, também chamada de câmera do tormento, esta sala inquietante é colegada diretamente às prisões.

Da Câmara de Tortura se passa à zona de Piombi. Vividamente descrita por Giacomo Casanova, a zona di Piombi oferecia aos presos condições muito melhores do que a dos condenados aos Poços, celas terríveis que se encontravam no piso térreo do Palácio Ducal.

As duas celas reconstruídas que abrigaram Casanova, fazem parte do percurso da visita. Da zona de Piombi passamos ao sótão, alto e sugestivo, localizado no ângulo entre a Bacia de São Marcos e o Rio de Palazzo, onde outrora havia sido erguido uma das torres angulares do castelo do Doge. Os armários contêm uma variedade de armas, a maioria do século XVI. O teto é decorado com obras de Tintoretto, pintadas entre 1566 e 1567.

Uma passagem secreta em um armário de madeira conecta à Câmara dos Três Chefes à Câmera do Conselho dos Dez, a partir da qual damos prosseguimento a visita ao resto do Palácio.